Um romance extraordinário." — Observer
Em uma viagem à Austrália, no início do século XIX, Edmund Talbot mantém um diário, no qual narra suas aventuras para entreter o tio na Inglaterra. Talbot é um jovem com uma carreira promissora à frente, no serviço público da Coroa Britânica. Cheio de mordacidade e algum desprezo, ele relata o dia a dia dos marujos e oficiais e descreve os emigrantes em busca de uma nova vida.
A bordo de um navio da Marinha inglesa, tripulantes e passageiros têm de conviver em um espaço exíguo, e a tensão entre eles parece cada dia maior. Talbot se envolve com uma passageira, que pode também estar se relacionando com outros homens. E, aos poucos, os companheiros de viagem começam a exibir sua verdadeira — e sombria — natureza.
A situação se agrava quando um único passageiro, o jovem e aparentemente ridículo reverendo Colley, atrai a antipatia e animosidade dos marinheiros, e a vergonha e humilhação podem se tornar mais perigosas do que o próprio oceano.
WILLIAM GOLDING nasceu na Inglaterra, em 1911. Antes de se tornar escritor, foi ator, músico e professor primário. Senhor das Moscas, seu primeiro romance, foi publicado em 1954, depois de ser rejeitado por uma série de editoras. Em 1983, recebeu o prêmio Nobel de Literatura. Morreu em 1993, aos 81 anos.