"Dei à estampa estes versos, com temor da crÃtica. Esperava que me dissessem: ÂĢque temos nÃŗs com as tuas mÃĄgoas? porque nÃŖo carpes em silÃĒncio? se nos nÃŖo deleitas com o primor da tua poesia, nÃŖo te fora melhor recatar as ingenuidades do coraçÃŖo?Âģ E isto, se mo dissessem, nÃŖo tinha resposta satisfatÃŗria. O remÊdio era calar-me, obrigando-me a um silÃĒncio judicioso.
NÃŖo me censuraram agramente essas linhas. Acolheram-mas com benevolÃĒncia, e coraçÃĩes haveria que as recolhessem. A primeira ediçÃŖo foi depressa consumida, e muito hÃĄ que esta coisa sem nome Ê procurada. Reimprime-se hoje com emendas, acrÊscimos e diminuiçÃĩes tambÊm, que havia aà muitas pieguices e pequices que mondar.
Se crÃtica vier agora, serÃĄ bem-vinda e nÃŖo perderÃĄ por serôdia. O defeito capital, se estÃĄ na teima, fÃĄcil remÊdio tem. A terceira ediçÃŖo poderÃĄ o pÃēblico evitÃĄ-la, negando-lhe a benquerença com que recebeu essas bagatelas que tÃĒm um pouco de coraçÃŖo e mais nada."