"Quem tem um alien desenvolvido sofre e faz sofrer. Hรก relaรงรตes entre os aliens de duas pessoas que se consomem mutuamente. ร tristeza que transborda e machuca, um desperdรญcio de tempo e vida. Aliens sรฃo sabotadores da felicidade. Ao primeiro sinal de bem-estar, lรก vรชm eles apontando o que estรก errado, buscando a porta de saรญda, olhando o que falta, o que poderia ser diferente. Sim, aliens adoram o futuro do pretรฉrito: poderia, deveria, seria, estaria, melhoraria, gostaria. Tudo iria, mas nรฃo vai, porque o alien vive da incompletude, da falta, da incerteza, da dรบvida. Aliens se alimentam do ideal que nรฃo chega. Aliens detestam dormir junto, pernas enroscadas debaixo do cobertor, Sessรฃo da Tarde em dia frio, pipoca, vinho e bate-papo, mรบsica, viagens e todas essas coisas que aproximam as pessoas da essรชncia do encontro. Aliens gostam de jogos, de manipulaรงรฃo, de bancar o detetive, de traiรงรฃo, de culpa, de expor as fraquezas do outro, de tornรก-lo menor, de virar as costas, de dubiedade, de confundir. Aliens adoram a escuridรฃo, o que nรฃo รฉ dito, profecias autor realizadas. Aliens adoram a frase 'Eu te disse!'." Essa coragem resultou em seu livro de estreia, RESPIRANDO.