Olhava para todos os lados sem parar, procurando um ponto cardeal ou uma estrela polar, uma seta no ch├гo, um aceno no horizonte, uma simples cruz a marcar o lugar, uma premoni├з├гo, um verso codificado ou um trilho de migalhas no ch├гo; precisava de uma direc├з├гo.
Fiquei por ali, gritando o mais alto que podia, em afli├з├гo, que precisava de um caminho, de um rumo e de uma direc├з├гo, mas como n├гo havia paredes onde o som pudesse ressoar as palavras iam e nunca voltavam. Era incapaz de me ouvir, e s├│ sabia que estava a gritar pela trepida├з├гo dos meus ossos que sentia do esfor├зo sobre-humano que fazia. E fiquei naquilo milhares de vezes repetindo, ou milh├╡es ou bili├╡es, pois nunca as contei, at├й que me calei por meu pr├│prio convencimento. Tal era a soberba ou a surdez do dono daquele lugar.┬а