Em algum momento de 1743, enquanto ganhava a vida como secretário do embaixador francês em Veneza, o conde de Montague, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), importante filósofo precursor do Iluminismo, teórico político, escritor e compositor autodidata genebrino, embarcou em uma aventura intelectual que o tornaria um dos maiores pensadores políticos da história da humanidade. Tendo estabelecido certo vínculo causal entre as deficiências do então alardeado governo da República de Veneza e a ruína moral que se espalhava entre os venezianos, o orgulhoso cidadão de Genebra concluiu que tudo dependia, em última instância, da política e que a imagem moral de uma nação era construída por suas instituições políticas.