Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851) nascida na Inglaterra foi um dos grandes nomes da ficção cientifica, viveu quase 30 anos a mais do que seu marido, o famoso poeta Percy Bysshe Shelley, tempo que usou escrevendo romances, apesar da oposição da família dele, para preservar seu legado e criar o filho que tiveram. Embora sua produção literária entre 1822 e 1851 seja considerável, ela continua mais conhecida por Frankenstein, ou O Prometeu moderno, uma das raras obras literárias cujos personagens foram incorporados à cultura popular. A escritora foi reconduzida a seu posto no meio literário da época, não apenas por causa da famosa sessão de histórias na Villa Diodati, no lago Genebra, que também gerou o romance The Vampyre, de John Polidori, mas também pelo lar radical onde foi criada, como filha dos escritores e reformadores sociais Mary Wollstonecraft e William Godwin. Shelley morreu de complicações no parto, mas seu legado feminista está presente nos romances da filha, que se debruçam no espinhoso questionamento da natureza humana, segundo o estilo gótico da época.